De 19 de outubro a 3 de novembro acontece mais uma edição da Bienal de Coruche – Percursos com Arte. São 10 os artistas selecionados nas áreas artísticas de instalação, desenho, pintura, vídeo, fotografia, audiovisual, música e tapeçaria que, a partir de 30 de setembro, integram residências artísticas descentralizadas por todas as freguesias do território. Em estreita colaboração com as comunidades locais, e com curadoria de André Banha e Carmo Moser, os artistas têm como objetivo refletir a identidade local. O público poderá acompanhar os processos criativos ao vivo e em tempo real, explorando as intervenções artísticas em espaços tão diversos como as florestas, a lezíria, o rio e as paisagens rurais e urbanas de Coruche. A comunidade será também parte ativa através das Envolvências Locais, que promovem a participação de escolas, associações, entidades, artesãos e artistas na criação de projetos colaborativos como o “Salão Arbóreo”, a “Árvore” (Escola Profissional de Coruche) ou a “Floresta”, que desafia os participantes a imaginar e criar árvores autóctones. Este é apenas o arranque de um evento que transforma o Concelho num amplo palco de Arte e criatividade. A organização convida a acompanhar as residências e a testemunhar de perto o diálogo dos artistas com o território, prometendo novidades muito em breve.
A partir de 30 de setembro, os artistas Angelina Nogueira, Antónia Labaredas, Carlos Barradas, Frederico Cordeiro Ferreira, Joana Paraíso, João Farelo, José Eduardo Rocha, Neide Carreira, Susana Cereja e Rossana Pinho Ribeiro imergem nas paisagens e nas histórias do Concelho para a criação de obras inspiradas pelo “Território”, tema central da 11.ª edição da Bienal de Coruche – Percursos com Arte. Através de residências artísticas descentralizadas, que se realizam de 30 de setembro a 13 de outubro por todas as freguesias do Concelho, os artistas propõem criações simbióticas que refletem a identidade local em múltiplos espaços, da floresta do montado às linhas de água, passando pela paisagem urbana de Coruche. Os projetos, que se espraiam por diversas áreas artísticas, como instalação, desenho, pintura, vídeo, fotografia, audiovisual, música e tapeçaria, serão distribuídos por espaços de criação em várias localidades do Concelho, incluindo na União de Freguesias de Coruche, Fajarda e Erra, e nas freguesias de Biscainho, Branca, Couço, Santana do Mato e São José da Lamarosa.
A organização, a cargo da Câmara Municipal, através do Museu Municipal de Coruche, assegura um “subsídio de produção” no valor de mil euros para cada artista. O subsídio destina-se a cobrir despesas de deslocação, alimentação, aquisição de materiais, montagem e desmontagem das obras. Além do apoio financeiro, a organização fornece alojamento e espaços de trabalho em ambientes propícios à expressão artística. Assumindo-se como espaço de afirmação de talentos e de estimulação da apreciação estética do público, o programa de residências marca o início de uma jornada criativa que culminará numa grande celebração da arte visual entre os dias 19 de outubro e 3 de novembro.
Além das residências, a Bienal oferece um vasto programa que, ao longo de mais de duas semanas, compreende fotografia, cinema, arte urbana, workshops, debates e espetáculos — diversidade de eventos que proporciona ao público uma experiência rica e variada de contacto com a arte contemporânea. A Bienal desenvolve ainda as Envolvências Locais, que desde 2013 aproximam a comunidade de um projeto artístico comum. A iniciativa envolve escolas, associações, fotógrafos, artesãos e artistas em torno do tema “A floresta enquanto legado natural e o abrigo das gentes, da fauna e da flora”, prevendo-se a concretização da instalação “Floresta” e a produção de peças “Art Eco”. Merecedora de particular destaque, a iniciativa “Floresta” desafia os participantes a utilizar técnicas artísticas livres para imaginar e criar árvores autóctones numa celebração da biodiversidade e da herança natural de Coruche. O projeto visa não apenas a criação artística, como também a sensibilização para a importância da preservação do ambiente e da identidade natural da região.
Cada elemento do território desempenha um papel crucial no desenvolvimento artístico desta Bienal, refletindo a riqueza humana, cultural e paisagística de Coruche, naturalmente inspiradora de produção artística. Vinculada ao tema “Território”, esta edição não só descentraliza as atividades artísticas, como também estabelece pontes entre criadores e comunidades locais, reforçando uma já longa tradição de diálogo entre Arte e espaço público. Com curadoria de André Banha e Carmo Moser, a Bienal de Coruche permanece em 2024 um espaço privilegiado de afirmação de novos talentos e de estímulo à apreciação estética, convidando a mergulhar em experiências únicas de (re)descoberta e expressão artística. Coruche é, mais uma vez, Vila de Arte residente e a céu aberto.
Para informações complementares deve contactar-se a comissão organizadora da Bienal de Coruche, com sede no Museu Municipal de Coruche.
Contactos:
E-mail: bienalcoruche@gmail.com
Tel.: 243 610 820 | 967 067 422
Museu Municipal de Coruche,
Rua Júlio Maria de Sousa, 2100-192 Coruche